segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Apito Amigo? E se tivesse vídeo?

Há pouco tempo, numa partida entre Santos e Flamengo pela Copa do Brasil 2017, um lance polêmico. O árbitro apita um pênalti. Minutos depois, volta atrás na decisão, contando com auxílio de um árbitro assistente, no caso o que fica no centro do campo. O principal estava muito mais próximo do lance - a uns 5 metros de visão. Ainda assim, atendeu ao seu assistente, que estava a 50 metros da jogada.  Acusações de interferência externa, quando alguém teria visto na TV que não teria sido pênalti, mesmo (até hoje as dúvidas são gerais, mesmo vendo o lance um milhão de vezes pela TV). Um repórter da Tv Globo é acusado nominalmente (Eric Faria). Uma vergonha para o futebol profissional brasileiro. E tudo porque ainda caminhamos no tempo das pedras.  Se houvesse árbitro de vídeo nessa partida, seria utilizado para tirar a dúvida de modo mais ético, sério e justo.  

A FIFA aprovou o uso em competições locais e até faz experiências em eventos oficiais da entidade, como foi o caso da Copa das Confederações (onde, mesmo com o vídeo de auxílio, várias gafes foram cometidas, diga-se). 
No futebol americano (jogado com as mãos), os 'árbitros de vídeo', são uma realidade há muitos anos e funcionam muito bem, levando justiça efetiva para dentro do campo de jogo. No 'soccer', ou o 'nosso' futebol (jogado com os pés), esse artifício está sendo testado em competições oficiais locais e também promovidas pela FIFA, como foi na recente Copa das Confederações da Rússia. Na MLS, a Liga de Futebol dos Estados Unidos, o uso é 'similar' ao Futebol Americano e Voley, onde o vídeo é acessado dentro de campo, à vista do público e da transmissão televisiva. As regras locais permitem que o vídeo seja utilizado como recurso imediato para casos de revisão de jogadas faltosas ou desavenças, visando a advertência ou expulsão de jogadores; tirar dúvida de identidade de jogador (quem fez o gol, falta ou outra ocorrência); no caso de gol-não-gol (verificar se a bola ultrapassou a linha de gol ou não) e em lances duvidosos de pênaltis. Como toda experiência, algumas situações serão analisadas e avaliadas para ajustes nos regulamentos, pois casos como o ocorrido com o brasileiro Kaká (Orlando City), neste final de semana, que fez uma brincadeira com um amigo e ex-colega de clube e acabou expulso por 'agressão'. Ainda que inapropriada, foi, como pode se ver claramente no vídeo, uma brincadeira. Para a arbitragem, essa brincadeira caracterizou agressão e gerou o cartão vermelho. Vejam e tirem suas conclusões e avaliações.

TV UOL - Lance que gera a expulsão de Kaká. Árbitro usa vídeo

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