sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Vamos ao Teatro? Escalando o Monty Python em São Paulo

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

É treta! É treta! É treta! É treta! Romário x Dunga. Round 2

E os nossos 'heróis' do tetra-campeonato mundial continuam os debates. Zona mimimista que não se acaba....  

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal considerou improcedente a ação movida por Romário contra o técnico Dunga. A briga jurídica envolvendo os dois tetracampeões mundiais começou quando Dunga acionou a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Senado alegando que estava sendo alvo de ofensas por parte de Romário não abarcadas pela imunidade parlamentar. Em 2015, Romário colocou em dúvida as convocações da seleção, apontando interesses comerciais comerciais. Romário entrou com ação por reprovar o procedimento adotado por Dunga na Comissão de Ética. O senador pediu R$ 500 mil por danos morais. Além de negar o pedido do ex-atacante, a Justiça determinou que Romário arque com 10% do valor (R$ 50 mil), referentes a custos processuais e honorários advocatícios. Cabe recurso. [ x ] "Diante do conjunto probatório, não vislumbro animus ofendendi [intenção de ofender] na conduta do Requerido [Dunga], pois ausente a intenção de denegrir a reputação ou ofender a dignidade, maculando a honra objetiva da parte Autora [Romário], pois as medidas tomadas em decorrência das declarações prestadas nas redes sociais e na mídia envolvendo as partes, e sua respectiva repercussão não tiveram o condão de violar os direitos da personalidade", escreveu na sentença o juiz Flavio Augusto Martins Leite. "Não restou comprovado o abuso ou má-fé na conduta do Réu, não há que se falar na condenação do mesmo na reparação dos danos causados", complementou.

Romário x Dunga

A amizade dos tempos de Copa do Mundo 1994 se esvaiu. Por causa de críticas durante as convocações para a Copa do Mundo de 2010 e também na volta de Dunga ao comando da seleção.  

Veja mais:

https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2017/09/27/justica-rejeita-acao-de-romario-por-danos-morais-contra-dunga.htm

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Ética, moral e futebol.... mentira tem braço longo!

Eu mesmo criei algumas frases brincando com esse evento do jogo do Brasileirão entre Corinthians e Vasco da Gama, onde o placar foi definido com o gol mais ilegal dos últimos tempos.  Independente do bom humor, o pano de fundo desssa história é um processo bem crítico na nossa sociedade. Não é apenas no futebol.  Muitos estão falando das mudanças que o país necessita para sairmos do atoleiro da sujeira da corrupção. Corrupção é, essencialmente, mentira. E a mentira é uma constante em vários campos da vida. Mas no futebol tem sido um triste destaque.  O chamado 'cai-cai', composto de cenas lamentáveis de atores de categoria F ou E, no máximo, com simulações diversas. Até técnico entrou nessa. Recentemente o Antonio Carlos Zago, ainda à frente do banco do Internacional de Porto Alegre RS, foi levemente tocado de passagem por um jogador do time adversário. Vergonhosamente esse cidadão se jogou ao chão, com as mãos no rosto, como se tivesse sido vítima de uma agressão que o levaria, certamente, para uma cirurgia de emergência...   triste mentira.  Jogadores simulando faltas. E outros bichos mais que alguns teima e insistem em chamar de 'malandragem do futebol', como se fosse algo válido.  Não é. Nunca será. 
Jô, centroavante do Timão, perdeu a grande chance que a vida lhe proporcionou.  Ele esteve diretamente envolvido nos dois lances mais polêmicos da temporada. No primeiro, num jogo pelo campeonato paulista, numa dividida com o jogador Rodrigo Caio do São Paulo, sobre um pé no joelho do goleiro do Tricolor do Morumbi. O árbitro da partida logo apresentou a advertência com falta e cartão amarelo para Jô.  Imediatamente, Rodrigo Caio, também da seleção brasileira, vai até o juizão e o informa que foi o pé dele que tocou o companheiro de time.  E o cartão foi retirado. 
Ontem, Jô deveria ter lembrado do chamado fair play do Rodrigo Caio. Deveria ter se autoacusado do toque de mão (escandaloso), ainda que não tivesse a intenção de ludibriar a arbitragem. Mas ele sabe bem que foi com a mão (o braço, no caso).  Não o fez e todos os discursos que ele mesmo criou no lance do o Rodrigo Caio, foram por água abaixo.  Tudo que foi de positivo naquela história, ele abandonou num único lance. Sim, é um julgamento:  culpado. Mas não estou propondo castigo.   Errou, como muita gente erra. Mas deixo o discurso de bom moço, correto, 'de Deus' (ainda falou isso logo após a partida), longe da realidade. 
Para mudar o mundo, você precisa começar a mudar a você mesmo... 


http://radioesporte.online/noticia/205382/etica-e-moral-a-mentira-tem-braco-longo


sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Extra, Extra. Jornal Extra 'brinca' no editoral: cometeu bullying

Acompanhei a entrevista coletiva convocada pelo Flamengo. Presidente presente, inclusive. Tudo por causa do editorial publicado no Jornal Extra do Rio de Janeiro, sobre o atleta Alex Muralha, goleiro do time carioca. Depois ouvi o editor chefe do jornal. E vários outros colegas jornalistas, que debateram, infelizmente, dentro de programas jornalísticos esportivos, não as notícias, mas o jornalismo, que virou notícia.
Desde a faculdade aprendi que jornalista que vira notícia não é bom jornalista. Somos 'caçadores' de informação, somos produtores de textos que contam a história com boas histórias ou mesmo nos 'contos' nem tão bons assim. E quando nós ou o nosso veículo de comunicação vira manchete, algo está fora da ordem.
Exceção feita para ações promocionais planejadas para 'causar' impacto de mercado (marketing). DE resto, jornalismo é informação. É opinião, claro, mas focada em informação.

Errou, diria o Faustão !

Pra mim, os colegas do Extra erraram feio na "brincadeira" com o goleiro do Flamengo (ou será CONTRA ?). Não com ele, em especial, mas com o jornalismo. Normalmente, jornalistas esportivos já têm uma certa depreciação por colegas de profissão que atuam em outras editorias. Seria algo 'menos nobre', não sério. Esportes fazem parte da vida das pessoas, têm um papel fundamental na formação de caráter de crianças e jovens, são instrumentos de movimentação econômica do país (clubes, atletas, veículos de comunicação, jornalistas, radialistas, web, publicidade, indústria textil, de bolas e equipamentos esportivos, alimentação, bebidas, dentre muitas outras áreas). Portanto, só por estes pequenos dados rascunhados aqui, dá pra entender claramente que a cobertura jornalística do segmento não é 'de brincadeira'. PORÉM, como o futebol, em especial, envolve paixão e diversão, o humor sempre fez parte do ambiente jornalístico do setor. Me lembro que, ainda criança, me divertia muito com as mesas redondas, com Milton Peruzzi, José Italiano, Peirão de Castro, Roberto Petri e Dalmo Pessoa, Geraldo Bretas, Walter Abraão, onde rolavam provocações diversas, apostas entre os próprios jornalistas e radialistas, por resultados em partidas.

Nos Estados Unidos isso também é uma prática desde sempre na cobertura esportiva. Muito comum que jornalistas, tanto cá, quanto lá, acabem migrando para áreas do entretenimento, como o Faustão (era repórter e apresentador esportivo), Tiago Leifert, Tadeo Schimidt. Nos USA, talvez o mais famoso caso seja David Letterman, recém aposentado apresentador de um dos melhores Talk Shows da Tv norte-americana. Antes disso, ele era um dos melhores narradores esportivos das Américas.

Então, OK para o bom humor

Sem problemas. A questão está na medida e na forma. Como jornalistas são jornalistas e não humoristas, provavelmente ao invadirem a área circense ou da comédia, podem cometer erros graves. E foi isso que aconteceu no caso EXTRA. O jornal não pode publicar com o EDITORIAL uma brincadeira, mesmo que fosse de bom gosto. No caso, não era. Não foi. Foi bullying. O produtor da 'matéria' é flamenguista, descaradamente flamenguista. Virou torcedor humorista na capa do jornal. Abdicou do jornalismo. E agrediu com palavra pejorativas e provocações infantis a pessoa Alexandre (vulgo Alex Muralha). De sua parte, o vulgo Alex Muralha ficou ofendido de ser chamado de vulgo (sinônimo de apelido, apenas). E se ofendeu em especial por essa palavra, demonstrando inabilidade de compreensão de língua portuguesa. Mas até aí, ok, também, afinal, é um vernáculo que pode ser adjetivo, substantivo e verbo. Mas foi usado somente no sentido mais usado mesmo que é sinônimo de "apelido". Muralha é o apelido do jogador em questão. Certo, Muralha se ofendeu pela palavra interpretada erroneamente. Mas, não foi só isso. O 'desenho' da brincadeira foi ofensivo. Foi bullying.

A confusão também acontece na cabeça de profissionais, pois não se confunde em demasia as redes (anti) sociais e meios de comunicação eletrônicos com o jornalismo. Nem tudo que vai parar no WhatsApp, Instagram ou Facebook, pode ser publicado ou promovido nos veículos de comunicação. Aliás, os profissionais de comunicação jornalística deveriam se subtrair de brincadeiras nessas redes. Para não correr riscos de erros profissionais.

Recentemente, tivemos um caso de jornalista aqui de Sampa (agora está no RJ), que ao fazer comentário de voz sobre um técnico e jogadores de um time da primeira divisão, em grupo fechado de amigos de peladas (quero dizer dos jogos particulares de futebol), acabou cometendo um erro grave como profissional, ainda que estivesse em águas privativas.

Por isso é que o jornalismo esportivo é sério, sem dúvida, mas não é considerado assim em algumas ocasiões. Imaginem se o William Bonner faz alguma brincadeira com Temer, Dilma, Lula ou qualquer outro politico, mesmo que isso se dê nas suas redes sociais privativas? Todo jornalista é profissional de público. Nem todos são figuras públicas. Mas todos repercutem as notícias, opiniões e informações. E por isso têm de prestar atenção o tempo todo no que está dizendo e escrevendo E os veículos de comunicação não podem cometer erros como cometeu o Extra.

Não sei se está faltando aula de ética nas escolas de jornalismo, se faltam bos escolas de jornalismo, se o excesso de Internet (no mau sentido) está conduzindo erros para o público ou induzindo a erros os profissionais (ou não profissionais) de imprensa. Diria Caetano que algo está fora da ordem...

Ah.. importante observação final: é minha opinião e não quero e nem acho que nenhum dos envolvidos na história do Extra mereçam pregos e cruzes, ok? Aconteceu, virou Manchete (este slogan é referência para alguns mais experientes, digamos assim...). É aprendizado.   

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Mancini x Garrafa. Erraram. Mas sem pregos, cruzes ou pedras. Nem para um, nem para o outro, por favor!

Um debate fora de estúdio e fora de hora. E com tonalidades de grosserias que não caberiam em nenhum ambiente. Erraram os dois. E o jornalismo ganhou. Sim, pois é mais uma experiência interessante para que estudantes (e profissionais) observem como não fazer perguntas e como não oferecer respostas. Midia Trainning é uma ferramente que pode corrigir isso.  Mas...  a parte do caráter e personalidade do ser humano, não...

Lamento, mas erraram os dois. Sou amigo do Garrafinha (jogamos futebol juntos no time da ACEESP). Gosto do rapaz, acho um bom zagueiro. Mas como repórter, foi mal na elaboração da PERGUNTA-COMENTÁRIO. Aliás, um defeito corrente na 'nova-reportagem'. Pergunta objetiva, terá resposta objetiva (Ou não. Cabe ao 'respondedor' esta decisão). No entanto, pegunta opinativa, vai ouvir resposta com opinião (tão mal ou bem fundamentada quanto a pergunta).
Mancini, pelo qual penso ter sido um bom jogador, que sempre controlou bem suas emoções dentro de campo, e que é um bom treinador de futebol, exagerou ao perguntar o 'time do rapaz'. Aqui cabe uma explicação técnica. Numa coletiva de imprensa, em sala criada para isso (os melhores estádios do país têm essa infraestrutura), os repórteres de rádio se enfileiram de acordo com a ordem de candidatura a fazer perguntas. Depois farão perguntas, outros jornalistas de TV (que não detém direitos da transmissão) e de outros veículos de comunicação. Isso é um ritual organizado, normalmente pelo assessor de imprensa e comunicação do clube. Os repórteres de rádio não usam seus microfones (de modo geral) para fazer a pergunta e sim o equipamento da sala de coletiva (sem cubo, ou seja, sem identificação do veículo de comunicação).
Por ser novo no meio e sem nenhuma referência televisiva, o rosto do Felipe Garrafa não é conhecido nem por Mancini e nem pela maioria absoluta de jogadores e técnicos, mesmo os que atuam aqui em São Paulo.
Portanto, entendo que o Mancini tenha feito um "check-up" sobre quem estaria indagando sobre o jeito e números do Vitória em campo. E até mesmo perguntar se o sujeito era corintiano (poderia ser alguém do clube, mesmo, apesar de isso ser uma irregularidade técnica jornalística). E questionou, pois o conteúdo da pergunta foi um comentário mal formulado e sem base técnica no histórico da partida. E ao jornalismo, pelo menos até este momento, cabe contar HISTÓRIAS, com base nos fatos.
Independentemente do erro técnico do colega Felipe Garrafa, repórter da Rádio Bandeirantes de São Paulo e de uma grosseria desnecessária do treinador Vagner Mancini, do Vitória, tanto dirigida ao rapaz, quando à imprensa esportiva paulista (com criticas equivocadas sobre um suposto bairrismo e uma cegueira sobre o universo da bola - de outros Estados do Brasil), o episódio ensina aos seus protagonistas e a todos nós, que a reflexão objetiva, racional, ANTES de qualquer ação é o caminho mais equilibrado a seguir. Pensar no que vai dizer (seja perguntando, seja respondendo), é crucial para a manutenção de bons relacionamentos. A comunicação continuará sendo um caminho de duas vias: Emissor e receptor. E a via intermediária, ou seja, por onde andam as ondas da comunicação, atualmente estão mais largas e repletas de insatisfações, criticas, críticos, criações, ilações. Ou seja, um complexo caminho cheio de humanidade. Mas, como somos seres emocionais, com temperos racionais (ou vice e versa, dependendo da sua formação de vida, suas origens e experiências), sempre teremos espaço para cometer erros. E, também até onde sei, errar é absolutamente humano. Erramos todos no passado, cometemos erros no presente e erraremos no futuro. O que irá mudar é a 'qualidade e quantidade' dos erros. Com o passar dos anos e acúmulo de experiências, se optarmos pelo caminho do bem, vamos melhorando a cada dia. Temos muito chão para percorrer nessa busca incessante da sabedoria.

Para você que não viu o que aconteceu

Sábado, 19 de agosto de 2017. Jogaram Corinthias SP x Vitória BA, em São Paulo, na Arena Corinthians. Vitória quebra a invencibilidade histórica do timão, vencendo por 1 x 0. Final da partida, na sala de coletiva de imprensa, repórter Felipe Garrafa (Rádio Bandeirantes SP) faz pergunta ao técnico Vagner Mancini do Vitória.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Apito Amigo? E se tivesse vídeo?

Há pouco tempo, numa partida entre Santos e Flamengo pela Copa do Brasil 2017, um lance polêmico. O árbitro apita um pênalti. Minutos depois, volta atrás na decisão, contando com auxílio de um árbitro assistente, no caso o que fica no centro do campo. O principal estava muito mais próximo do lance - a uns 5 metros de visão. Ainda assim, atendeu ao seu assistente, que estava a 50 metros da jogada.  Acusações de interferência externa, quando alguém teria visto na TV que não teria sido pênalti, mesmo (até hoje as dúvidas são gerais, mesmo vendo o lance um milhão de vezes pela TV). Um repórter da Tv Globo é acusado nominalmente (Eric Faria). Uma vergonha para o futebol profissional brasileiro. E tudo porque ainda caminhamos no tempo das pedras.  Se houvesse árbitro de vídeo nessa partida, seria utilizado para tirar a dúvida de modo mais ético, sério e justo.  

A FIFA aprovou o uso em competições locais e até faz experiências em eventos oficiais da entidade, como foi o caso da Copa das Confederações (onde, mesmo com o vídeo de auxílio, várias gafes foram cometidas, diga-se). 
No futebol americano (jogado com as mãos), os 'árbitros de vídeo', são uma realidade há muitos anos e funcionam muito bem, levando justiça efetiva para dentro do campo de jogo. No 'soccer', ou o 'nosso' futebol (jogado com os pés), esse artifício está sendo testado em competições oficiais locais e também promovidas pela FIFA, como foi na recente Copa das Confederações da Rússia. Na MLS, a Liga de Futebol dos Estados Unidos, o uso é 'similar' ao Futebol Americano e Voley, onde o vídeo é acessado dentro de campo, à vista do público e da transmissão televisiva. As regras locais permitem que o vídeo seja utilizado como recurso imediato para casos de revisão de jogadas faltosas ou desavenças, visando a advertência ou expulsão de jogadores; tirar dúvida de identidade de jogador (quem fez o gol, falta ou outra ocorrência); no caso de gol-não-gol (verificar se a bola ultrapassou a linha de gol ou não) e em lances duvidosos de pênaltis. Como toda experiência, algumas situações serão analisadas e avaliadas para ajustes nos regulamentos, pois casos como o ocorrido com o brasileiro Kaká (Orlando City), neste final de semana, que fez uma brincadeira com um amigo e ex-colega de clube e acabou expulso por 'agressão'. Ainda que inapropriada, foi, como pode se ver claramente no vídeo, uma brincadeira. Para a arbitragem, essa brincadeira caracterizou agressão e gerou o cartão vermelho. Vejam e tirem suas conclusões e avaliações.

TV UOL - Lance que gera a expulsão de Kaká. Árbitro usa vídeo

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Deus é torcedor do seu time?

Respeito 100% a fé de cada ser humano, em termos de religião ou orientação filosófica. Quem me conhece, sabe bem disso. Mas posso comentar, de vez em quando, temas que chamam a atenção pública, só como 'provocação', para exercício do 'músculo' mais importante do nosso corpo, um tal de cérebro.
Futebol é 'uma caixinha de surpresa', 'estamos aqui para somar', 'pênalti é loteria', são expressões que, felizmente, ficaram no passado. Não tão distante, mas no passado.
Continuam vigorando as máximas 'Deus seja glorificado', "Toda honra ao Senhor' e outras similares, quando o time do crente ganha ou o sujeito marca um gol, ou ainda faz uma grande defesa, se for um goleiro. Não façam mau juízo do meu uso da palavra. Crente é quem crê em algo ou alguém. Não é uso pejorativo. É só a língua portuguesa, ok?
Ontem, o time do Palmeiras foi eliminado da competição mais importante da América (do Sul). Vi pela TV os últimos instantes da partida.
É a hora das penalidades máximas. A falta cobrada direta no gol. De um lado um gladiador que chuta a bola e noutro, o que tenta defendê-la.
O 'sufoco' dos torcedores, com emoção de sobra à flor da pele. Alguns, com a opção de ficar de costas para o campo (que até hoje não consigo entender... o cara foi ao campo para assistir à partida e vira de costas???), outros segurando os cavalinhos globais (brinquedo da moda), quase enforcando e destruindo os bonequinhos. Outros, numa oração contida, recatada, quase imperceptível. Choro corrido ou contido. Ansiedade pura. A torcida quer a emoção da vitória. E isso está ali, em movimento, como se fosse um jogo sexual à espera do orgasmo final.
Já em campo, os jogadores se alinham no meio do campo, se abraçam, apontam para o céu e suplicam alguma coisa (fôro íntimo, não dá pra saber o que). Dos dois times. Talvez seja a súplica para Deus virar a casaca (expressão antiga, né?), caso esteja torcendo para o outro time... E a partida do futebol vira a partida das orações aos santos ou anjos, protetores, guias... para que os chutadores ou defensores sejam certeiros. "Meo Deos" (esta expressão é das novas...rs) !
E à beira do campo, o técnico do time brasileiro, apelidado profissionalmente de Cuca, se ajoelha, beija santinho (ou santinha, não sei), reza, sofre, reza, sofre, reza, sofre. Para o técnico, não sei qual seria o pedido, pois o cara não bate pênaltis. Vira mero espectador, torcedor, literalmente. A manifestação de fé é livre, Graças a Deus! E a manifestação do indivíduo está no poder do seu livre arbítrio, Graças a Deus e a nossa Constituição. Nada contra, portanto, de minha parte.
Mas fica a pergunta - e vale para todos os times de futebol do mundo e para todos os crentes:
- Afinal, para quem Deus torce? Num campeonato, ou jogo denominado 'mata-mata', alguém sempre ganhará, alguém sempre perderá.
Então Deus, deve ser bipolar ou geminiano? Um dia torce pra cá, outro pra lá, dependendo do humor.
Por que deu errado e o time perdeu o jogo (campeonato ou mata-mata nos pênaltis, etc)? Por quê??
Será que faltou vontade na oração? A promessa (ah, as promessas....) foi 'fraca'? E invariavelmente, sejam equatorianos, bulgarianos, venuzianos, brasileiros, os vencedores se ajoelham e agradecem a Deus, que naquele dia foi torcedor do seu time (que ganhou).
E os perdedores? Será que agradecem a Deus pela derrota? Ou simplesmente acreditam que não foram merecedores da torcida divina, mas agradecem efusivamente, afinal, nada como um campeonato após o outro. Vai que no próximo Deus esteja de bom humor com o seu time, né?

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Mimimi do Barcelona, com duração prevista. Quase 900 milhões de reais.

Parem de fazer 'ceninha' pro mundo ver. O time da Catalunha deu o maior olé no Santos, com Neymar e seu estafe, quando o contratou junto ao clube da Vila Belmiro. Agora, montado em zilhões arrecadados na venda (sim, é venda!), com quebras de contrato, contratos estranhos, etc. O mesmo jogo, portanto.
O Barcelona conquistou 10 (DEZ) títulos com a presença de Neymar. Ganhou rios de dinheiro em licenciamento e produtos diretos relacionados a Neymar. E agora, ganha uma fortuna direta nessa transação. E, ainda de quebra, tentará inviabilizar a parte do Santos FC (que corre o risco de tomar outro 'chapéu'), como clube formador. Por isso, qualquer 'conversinha' saída de Barcelona é só isso mesmo. Conversinha. E a família Neymar segue fazendo negócios de modo estranho. Sempre tem alguém que fez algo de errado e nunca foram eles. Agora a alegação é sobre valores não pagos pelo Barcelona. Como tudo isso é parte de todas as conversinhas dos mimimis, vamos aguardar os próximos capítulos dessa minissérie...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Relações perigosas: clubes x organizadas


Mancha Verde ganha reforço de 1.3 milhões para o carnaval via Lei Rouanet.


Até aí, nada de mais na manchete. É legal (do ponto de vista da lei). A Agremiação do samba seguiu todos os rituais que a lei exige para buscar apoio financeiro no mercado. O problema está exatamente na empresa, ou melhor no processo que envolve a empresa - e sua presidente - com o Palmeiras, o clube.

A CREFISA bancou integralmente o valor pedido pela Mancha AlviVerde (Mancha Verde?). E a presidente da CREFISA é conselheira do Palmeiras e virtual candidata à presidência do clube nas próximas eleições, lembrando que o atual presidente acabou de ser empossado.

Essa relação no mínimo estranha, apesar de legal (do ponto de vista da lei), contraria a política criada pelo ex-presidente Paulo Nobre. Afastamento total das organizadas. Zero incentivo. E responsabilização de danos causados pelas mesmas, somente a elas, sem envolver o clube.

Enquanto Corinthians continua acariciando as organizadas, São Paulo, em cima do muro e Santos, com leves toques de apoio, o futebol sem as organizadas continua sobrevivendo. E até ficando melhor, no meu modo de ver.

Pela ocasião do evento dramático do final do ano passado, com a morte de 71 pessoas no voo da Lamia, As principais uniformizadas de São Paulo, conseguiram se reunir em frente ao Pacaembu, e cantar, juntas, o Vamos, vamos, Chape!  Solidariedade?  Creio que até existiu uma boa vontade nesse sentido, sim. Mas foi autopreservação.  As organizadas estão acuadas. O poder público e os clubes, quase todos, estão nesse confronto pela tranquilidade nos estádios e seus arredores, pois o 'business' futebol tende à falência, caso esse tumor das brigas e mortes entre torcedores rivais - e às vezes, até entre 'amigos' do mesmo clube -  não for extinto.




https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2017/02/01/crefisa-investe-mais-de-r-1-mi-em-carnaval-da-mancha-via-lei-rouanet.htm

Mortes anunciadas. Calma. Falo das rádios do Brasil.

Rádios, tvs, jornais, revistas:  fechando as portas e a cultura...

São vários os componentes desse drama anunciado. Sim, anunciado, pois o processo de degradação cultural está acontecendo há 20 anos, pelo menos. A geração web desconhece, na sua imensa maioria, os conteúdos ricos da música popular brasileira. Infelizmente, estamos atropelados pelos trombadões (bandidos da música que tentam chamar os pancadões, batidões, proibidões, sertan'o'jos  e que tais de cultura bacana...).

Justamente no país que cresceu vendo os trombadinhas querendo assaltar na Praça Dom José Gaspar, que viu o que acontece na esquina da Ipiranga com a São João, que cruzou os arcos da Lapa cantando o Samba do Malandro, que viram a mãe que ficava sem dormir, enquanto não chegasse na casa do Jaçanã e tantas outras boas histórias.

Será que deputados, senadores, políticos  e empresários corruptos ouviram e curtiram rádio, quando crianças, jovens???  Esses mesmos que conseguiram trazer quase 13 milhões de desempregados à ruas e  que criaram a caótica situação econômica no Brasil ? Os mesmos que têm muitas emissoras de rádio, mas a serviço de seus interesses políticos e de suas continuadas falcatruas. Tiro nos próprios pés.

Como publicidade é o combustível técnico para a sobrevivência e vivência não apenas das rádios, mas das TVs, que também vêm sofrendo os baques desta história mal escrita nas páginas da nossa política e consequentemente, na economia, cultura, segurança, educação e  a falta de público (audiência) gera desconfiança e insegurança para investimento de marketing, as empresas estão abandonando o barco dos dials, pouco a pouco.  A morte anunciada apenas não tem data exata marcada.

Pois é...  a roda não tá rodando. E isso trouxe essa desgraça (literalmente, desgraça!) para o nosso meio profissional. Sinto muito pelos colegas e amigos, pelo público, pela cultura e pelo país.

Sou crente em Deus. Sou crente em dias melhores. E vou continuar trabalhando para que eles venham, o quanto antes!   E vamos em frente!

Bira Castellano

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Começaram os Estaduais. E?

E chega aquela onda dos blogs,  comentaristas e programas esportivos, de rádio, tv e Internet sobre a validade dessas competições. Bom... entra ano, sai ano e elas sobrevivem. Algumas, muito bem. Outras, são mesmo apenas um procedimento de pré-temporada para alguns times que disputarão Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. No entanto, para a imensa maioria dos times, são o pão sagrado do ano. Existem times que são formados apenas para a disputa dessas competições. Cerca que 4 mil empregos diretos gerados no mundo do futebol. Mas só nessa fase do ano...  O país que foi do futebol, precisa ser o país das oportunidades maiores e o futebol, além de entretenimento para a população, um canal de geração de empregos, negócios e oportunidades. Eu aprovo e sou pelos estaduais, sim!  E vamos aos gols da primeira rodada!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Sampa, 463

Sampa, sua linda! Te amo incondicionalmente. Linda, louca, que corre, que anda, que para.

Que respira - ou não... Menina de artes verdadeiras. Da seca, da garoa e da tempestade.

Dos trânsitos de todas as espécies. Dos buracos e dos elevados. Das pontes fixas e estaiadas.

Do Metrô e da falta do Metrô. Das faixas exclusivas, do moderno e do velho. Das riquezas, dos remediados e da miséria.

Cidade que vende, que compra. Que come de tudo e a qualquer hora. Cidade que não fecha, que não para.

Cidade que fala, que clama, que reclama. Mas que festeja, também. E como sabe festejar! Te amo de qualquer jeito.

Cidade das diferenças, das igualdades.

Da solidariedade, da fraternidade. Mas confesso que tenho um pouco de angústia e tristeza com os abandonos de coisas, gente e lugares.

A indiferença dos outros me chateia, me alerta e me convida a lutar mais.

Te conheço: és forte. És lutadora. És guerreira. E teus amantes, assim como eu, te sustentarão, te ajudarão e, juntos, viveremos essa paixão desenfreada.

Te amei no passado. Te amo no presente e te amarei no futuro.
Menininha de 463 grandes histórias pra contar.

Parabéns, querida! 25 de janeiro é seu aniversário!!!

Bira Castellano