quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Mortes anunciadas. Calma. Falo das rádios do Brasil.

Rádios, tvs, jornais, revistas:  fechando as portas e a cultura...

São vários os componentes desse drama anunciado. Sim, anunciado, pois o processo de degradação cultural está acontecendo há 20 anos, pelo menos. A geração web desconhece, na sua imensa maioria, os conteúdos ricos da música popular brasileira. Infelizmente, estamos atropelados pelos trombadões (bandidos da música que tentam chamar os pancadões, batidões, proibidões, sertan'o'jos  e que tais de cultura bacana...).

Justamente no país que cresceu vendo os trombadinhas querendo assaltar na Praça Dom José Gaspar, que viu o que acontece na esquina da Ipiranga com a São João, que cruzou os arcos da Lapa cantando o Samba do Malandro, que viram a mãe que ficava sem dormir, enquanto não chegasse na casa do Jaçanã e tantas outras boas histórias.

Será que deputados, senadores, políticos  e empresários corruptos ouviram e curtiram rádio, quando crianças, jovens???  Esses mesmos que conseguiram trazer quase 13 milhões de desempregados à ruas e  que criaram a caótica situação econômica no Brasil ? Os mesmos que têm muitas emissoras de rádio, mas a serviço de seus interesses políticos e de suas continuadas falcatruas. Tiro nos próprios pés.

Como publicidade é o combustível técnico para a sobrevivência e vivência não apenas das rádios, mas das TVs, que também vêm sofrendo os baques desta história mal escrita nas páginas da nossa política e consequentemente, na economia, cultura, segurança, educação e  a falta de público (audiência) gera desconfiança e insegurança para investimento de marketing, as empresas estão abandonando o barco dos dials, pouco a pouco.  A morte anunciada apenas não tem data exata marcada.

Pois é...  a roda não tá rodando. E isso trouxe essa desgraça (literalmente, desgraça!) para o nosso meio profissional. Sinto muito pelos colegas e amigos, pelo público, pela cultura e pelo país.

Sou crente em Deus. Sou crente em dias melhores. E vou continuar trabalhando para que eles venham, o quanto antes!   E vamos em frente!

Bira Castellano

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