quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Relações perigosas: clubes x organizadas


Mancha Verde ganha reforço de 1.3 milhões para o carnaval via Lei Rouanet.


Até aí, nada de mais na manchete. É legal (do ponto de vista da lei). A Agremiação do samba seguiu todos os rituais que a lei exige para buscar apoio financeiro no mercado. O problema está exatamente na empresa, ou melhor no processo que envolve a empresa - e sua presidente - com o Palmeiras, o clube.

A CREFISA bancou integralmente o valor pedido pela Mancha AlviVerde (Mancha Verde?). E a presidente da CREFISA é conselheira do Palmeiras e virtual candidata à presidência do clube nas próximas eleições, lembrando que o atual presidente acabou de ser empossado.

Essa relação no mínimo estranha, apesar de legal (do ponto de vista da lei), contraria a política criada pelo ex-presidente Paulo Nobre. Afastamento total das organizadas. Zero incentivo. E responsabilização de danos causados pelas mesmas, somente a elas, sem envolver o clube.

Enquanto Corinthians continua acariciando as organizadas, São Paulo, em cima do muro e Santos, com leves toques de apoio, o futebol sem as organizadas continua sobrevivendo. E até ficando melhor, no meu modo de ver.

Pela ocasião do evento dramático do final do ano passado, com a morte de 71 pessoas no voo da Lamia, As principais uniformizadas de São Paulo, conseguiram se reunir em frente ao Pacaembu, e cantar, juntas, o Vamos, vamos, Chape!  Solidariedade?  Creio que até existiu uma boa vontade nesse sentido, sim. Mas foi autopreservação.  As organizadas estão acuadas. O poder público e os clubes, quase todos, estão nesse confronto pela tranquilidade nos estádios e seus arredores, pois o 'business' futebol tende à falência, caso esse tumor das brigas e mortes entre torcedores rivais - e às vezes, até entre 'amigos' do mesmo clube -  não for extinto.




https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2017/02/01/crefisa-investe-mais-de-r-1-mi-em-carnaval-da-mancha-via-lei-rouanet.htm

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