quarta-feira, 27 de setembro de 2017

É treta! É treta! É treta! É treta! Romário x Dunga. Round 2

E os nossos 'heróis' do tetra-campeonato mundial continuam os debates. Zona mimimista que não se acaba....  

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal considerou improcedente a ação movida por Romário contra o técnico Dunga. A briga jurídica envolvendo os dois tetracampeões mundiais começou quando Dunga acionou a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar do Senado alegando que estava sendo alvo de ofensas por parte de Romário não abarcadas pela imunidade parlamentar. Em 2015, Romário colocou em dúvida as convocações da seleção, apontando interesses comerciais comerciais. Romário entrou com ação por reprovar o procedimento adotado por Dunga na Comissão de Ética. O senador pediu R$ 500 mil por danos morais. Além de negar o pedido do ex-atacante, a Justiça determinou que Romário arque com 10% do valor (R$ 50 mil), referentes a custos processuais e honorários advocatícios. Cabe recurso. [ x ] "Diante do conjunto probatório, não vislumbro animus ofendendi [intenção de ofender] na conduta do Requerido [Dunga], pois ausente a intenção de denegrir a reputação ou ofender a dignidade, maculando a honra objetiva da parte Autora [Romário], pois as medidas tomadas em decorrência das declarações prestadas nas redes sociais e na mídia envolvendo as partes, e sua respectiva repercussão não tiveram o condão de violar os direitos da personalidade", escreveu na sentença o juiz Flavio Augusto Martins Leite. "Não restou comprovado o abuso ou má-fé na conduta do Réu, não há que se falar na condenação do mesmo na reparação dos danos causados", complementou.

Romário x Dunga

A amizade dos tempos de Copa do Mundo 1994 se esvaiu. Por causa de críticas durante as convocações para a Copa do Mundo de 2010 e também na volta de Dunga ao comando da seleção.  

Veja mais:

https://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2017/09/27/justica-rejeita-acao-de-romario-por-danos-morais-contra-dunga.htm

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Ética, moral e futebol.... mentira tem braço longo!

Eu mesmo criei algumas frases brincando com esse evento do jogo do Brasileirão entre Corinthians e Vasco da Gama, onde o placar foi definido com o gol mais ilegal dos últimos tempos.  Independente do bom humor, o pano de fundo desssa história é um processo bem crítico na nossa sociedade. Não é apenas no futebol.  Muitos estão falando das mudanças que o país necessita para sairmos do atoleiro da sujeira da corrupção. Corrupção é, essencialmente, mentira. E a mentira é uma constante em vários campos da vida. Mas no futebol tem sido um triste destaque.  O chamado 'cai-cai', composto de cenas lamentáveis de atores de categoria F ou E, no máximo, com simulações diversas. Até técnico entrou nessa. Recentemente o Antonio Carlos Zago, ainda à frente do banco do Internacional de Porto Alegre RS, foi levemente tocado de passagem por um jogador do time adversário. Vergonhosamente esse cidadão se jogou ao chão, com as mãos no rosto, como se tivesse sido vítima de uma agressão que o levaria, certamente, para uma cirurgia de emergência...   triste mentira.  Jogadores simulando faltas. E outros bichos mais que alguns teima e insistem em chamar de 'malandragem do futebol', como se fosse algo válido.  Não é. Nunca será. 
Jô, centroavante do Timão, perdeu a grande chance que a vida lhe proporcionou.  Ele esteve diretamente envolvido nos dois lances mais polêmicos da temporada. No primeiro, num jogo pelo campeonato paulista, numa dividida com o jogador Rodrigo Caio do São Paulo, sobre um pé no joelho do goleiro do Tricolor do Morumbi. O árbitro da partida logo apresentou a advertência com falta e cartão amarelo para Jô.  Imediatamente, Rodrigo Caio, também da seleção brasileira, vai até o juizão e o informa que foi o pé dele que tocou o companheiro de time.  E o cartão foi retirado. 
Ontem, Jô deveria ter lembrado do chamado fair play do Rodrigo Caio. Deveria ter se autoacusado do toque de mão (escandaloso), ainda que não tivesse a intenção de ludibriar a arbitragem. Mas ele sabe bem que foi com a mão (o braço, no caso).  Não o fez e todos os discursos que ele mesmo criou no lance do o Rodrigo Caio, foram por água abaixo.  Tudo que foi de positivo naquela história, ele abandonou num único lance. Sim, é um julgamento:  culpado. Mas não estou propondo castigo.   Errou, como muita gente erra. Mas deixo o discurso de bom moço, correto, 'de Deus' (ainda falou isso logo após a partida), longe da realidade. 
Para mudar o mundo, você precisa começar a mudar a você mesmo... 


http://radioesporte.online/noticia/205382/etica-e-moral-a-mentira-tem-braco-longo


sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Extra, Extra. Jornal Extra 'brinca' no editoral: cometeu bullying

Acompanhei a entrevista coletiva convocada pelo Flamengo. Presidente presente, inclusive. Tudo por causa do editorial publicado no Jornal Extra do Rio de Janeiro, sobre o atleta Alex Muralha, goleiro do time carioca. Depois ouvi o editor chefe do jornal. E vários outros colegas jornalistas, que debateram, infelizmente, dentro de programas jornalísticos esportivos, não as notícias, mas o jornalismo, que virou notícia.
Desde a faculdade aprendi que jornalista que vira notícia não é bom jornalista. Somos 'caçadores' de informação, somos produtores de textos que contam a história com boas histórias ou mesmo nos 'contos' nem tão bons assim. E quando nós ou o nosso veículo de comunicação vira manchete, algo está fora da ordem.
Exceção feita para ações promocionais planejadas para 'causar' impacto de mercado (marketing). DE resto, jornalismo é informação. É opinião, claro, mas focada em informação.

Errou, diria o Faustão !

Pra mim, os colegas do Extra erraram feio na "brincadeira" com o goleiro do Flamengo (ou será CONTRA ?). Não com ele, em especial, mas com o jornalismo. Normalmente, jornalistas esportivos já têm uma certa depreciação por colegas de profissão que atuam em outras editorias. Seria algo 'menos nobre', não sério. Esportes fazem parte da vida das pessoas, têm um papel fundamental na formação de caráter de crianças e jovens, são instrumentos de movimentação econômica do país (clubes, atletas, veículos de comunicação, jornalistas, radialistas, web, publicidade, indústria textil, de bolas e equipamentos esportivos, alimentação, bebidas, dentre muitas outras áreas). Portanto, só por estes pequenos dados rascunhados aqui, dá pra entender claramente que a cobertura jornalística do segmento não é 'de brincadeira'. PORÉM, como o futebol, em especial, envolve paixão e diversão, o humor sempre fez parte do ambiente jornalístico do setor. Me lembro que, ainda criança, me divertia muito com as mesas redondas, com Milton Peruzzi, José Italiano, Peirão de Castro, Roberto Petri e Dalmo Pessoa, Geraldo Bretas, Walter Abraão, onde rolavam provocações diversas, apostas entre os próprios jornalistas e radialistas, por resultados em partidas.

Nos Estados Unidos isso também é uma prática desde sempre na cobertura esportiva. Muito comum que jornalistas, tanto cá, quanto lá, acabem migrando para áreas do entretenimento, como o Faustão (era repórter e apresentador esportivo), Tiago Leifert, Tadeo Schimidt. Nos USA, talvez o mais famoso caso seja David Letterman, recém aposentado apresentador de um dos melhores Talk Shows da Tv norte-americana. Antes disso, ele era um dos melhores narradores esportivos das Américas.

Então, OK para o bom humor

Sem problemas. A questão está na medida e na forma. Como jornalistas são jornalistas e não humoristas, provavelmente ao invadirem a área circense ou da comédia, podem cometer erros graves. E foi isso que aconteceu no caso EXTRA. O jornal não pode publicar com o EDITORIAL uma brincadeira, mesmo que fosse de bom gosto. No caso, não era. Não foi. Foi bullying. O produtor da 'matéria' é flamenguista, descaradamente flamenguista. Virou torcedor humorista na capa do jornal. Abdicou do jornalismo. E agrediu com palavra pejorativas e provocações infantis a pessoa Alexandre (vulgo Alex Muralha). De sua parte, o vulgo Alex Muralha ficou ofendido de ser chamado de vulgo (sinônimo de apelido, apenas). E se ofendeu em especial por essa palavra, demonstrando inabilidade de compreensão de língua portuguesa. Mas até aí, ok, também, afinal, é um vernáculo que pode ser adjetivo, substantivo e verbo. Mas foi usado somente no sentido mais usado mesmo que é sinônimo de "apelido". Muralha é o apelido do jogador em questão. Certo, Muralha se ofendeu pela palavra interpretada erroneamente. Mas, não foi só isso. O 'desenho' da brincadeira foi ofensivo. Foi bullying.

A confusão também acontece na cabeça de profissionais, pois não se confunde em demasia as redes (anti) sociais e meios de comunicação eletrônicos com o jornalismo. Nem tudo que vai parar no WhatsApp, Instagram ou Facebook, pode ser publicado ou promovido nos veículos de comunicação. Aliás, os profissionais de comunicação jornalística deveriam se subtrair de brincadeiras nessas redes. Para não correr riscos de erros profissionais.

Recentemente, tivemos um caso de jornalista aqui de Sampa (agora está no RJ), que ao fazer comentário de voz sobre um técnico e jogadores de um time da primeira divisão, em grupo fechado de amigos de peladas (quero dizer dos jogos particulares de futebol), acabou cometendo um erro grave como profissional, ainda que estivesse em águas privativas.

Por isso é que o jornalismo esportivo é sério, sem dúvida, mas não é considerado assim em algumas ocasiões. Imaginem se o William Bonner faz alguma brincadeira com Temer, Dilma, Lula ou qualquer outro politico, mesmo que isso se dê nas suas redes sociais privativas? Todo jornalista é profissional de público. Nem todos são figuras públicas. Mas todos repercutem as notícias, opiniões e informações. E por isso têm de prestar atenção o tempo todo no que está dizendo e escrevendo E os veículos de comunicação não podem cometer erros como cometeu o Extra.

Não sei se está faltando aula de ética nas escolas de jornalismo, se faltam bos escolas de jornalismo, se o excesso de Internet (no mau sentido) está conduzindo erros para o público ou induzindo a erros os profissionais (ou não profissionais) de imprensa. Diria Caetano que algo está fora da ordem...

Ah.. importante observação final: é minha opinião e não quero e nem acho que nenhum dos envolvidos na história do Extra mereçam pregos e cruzes, ok? Aconteceu, virou Manchete (este slogan é referência para alguns mais experientes, digamos assim...). É aprendizado.