quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Cesta de zero ponto! Basquete brasileiro respira por aparelhos.

Intervenção e suspensão. Basquete brasileiro é 'congelado' pela FIBA.

Presidente da FIBA: 'Brasil é alertado há três anos. Queremos que cumpra os regulamentos'


A Confederação Brasileira de Basketball (CBB) está suspensa até 28 de janeiro de 2017 pela federação internacional (FIBA) por causa da má gestão dos últimos anos. Mais precisamente, segundo o presidente da entidade que rege o basquete mundial, de três anos para cá.

Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, o argentino Horacio Muratore disse que os brasileiros já estavam sendo alertados de seus problemas internos desde 2013.


Crise financeira, problemas administrativos e desistência de torneios foram apontados por José Luis Sáez, ex-presidente da federação espanhola e designado pela FIBA para acompanhar a situação da CBB, como os principais fatores que levaram à punição.

Com isso, clubes e seleções nacionais estão impedidas de disputar qualquer competição internacional até que o caso seja julgado pelo comitê executivo da entidade internacional no final de janeiro.

"Já faz três anos que tocamos no mesmo assunto", falou Horacio Muratore, em contato telefônico na última quarta-feira.
Questionado quanto à surpresa dos dirigentes da CBB pela punição, o presidente afirmou: "Não sei o que eles pensam. Isso é um problema subjetivo deles, tem que perguntar e cobrar explicações deles".

"Nós não gostamos de suspender ninguém, mas chegou a um momento que era necessário. É preciso uma boa governança, uma federação forte, o Brasil tem seu basquete como um dos melhores do mundo. Pedimos a todos os brasileiros que gostam do esporte que ajudem neste momento".

"Queremos que cumpram os regulamentos, que as entidades se desenvolvam e trabalhem bem", continuou o argentino, mandatário da FIBA desde agosto de 2014.

"A má situação de governança, problema financeiro, o que Carlos Nunes (presidente da CBB) já sabe, tudo isso traz consequências. Realmente o que queremos é trabalhar pelo basquete brasileiro. Solicitamos ajuda a todos".

Horacio Muratore espera que autoridades esportivas brasileiras possam ajudar nesse momento de transição. "Estamos dispostos a começar o mais cedo possível a trabalhar. Queremos todos - comitê olímpico, ministério -, que todos juntos possam ajudar para que logo a entidade seja reintegrada (à FIBA)".

Na carta enviada à CBB explicando a suspensão, o secretário-geral da FIBA, Patrick Baumann, disse: "A FIBA vai contatá-la novamente nos próximos dias propondo os passos seguintes para a restituição do Brasil à família FIBA e para o desenvolvimento do basquete em seu país de acordo com a estrutura regulamentar da FIBA, em participar também com vistas aos próximos eventos em 2017, incluindo a FIBA AmeriCUP e os classificatórios para a Copa do Mundo de Basquete em 2019".

Veja abaixo o comunicado da CBB da última quarta

A Diretoria da CBB reunida, nesta quarta-feira (dia 16), analisou a correspondência da FIBA, e explica que foi surpreendida pela suspensão temporária da entidade, pois acreditava que todas as mudanças destacadas pela FIBA seriam e poderiam ser implementadas sem a suspensão da entidade, uma vez que a CBB nunca se opôs à força tarefa proposta pela FIBA.

O Sr. José Luis Saez, dirigente indicado pela FIBA, visitou a CBB em uma única oportunidade e recebeu todas as informações que solicitou e que também foram complementadas em correspondências posteriores.

A CBB reconhece o momento de dificuldade e entende a posição da FIBA, e não irá recorrer de sua decisão. Em entrevista coletiva na próxima segunda-feira (21), às 10h de Brasília, na sede do Comitê Olímpico do Brasil, a CBB irá apresentar sua posição em relação aos pontos abordados na carta da FIBA e as medidas que tomará independente das medidas que a força tarefa da FIBA poderá vir a adotar.


fonte: ESPN

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